As rotas culturais e turísticas do Algarve guiam o viajante pelos caminhos de uma cultura de síntese, marcante na identidade da região, e permitem simultaneamente apreciar a natureza e a hospitalidade das gentes.
A rota de Al-Mutamid, que atravessa o Algarve de Aljezur a Vila Real de Santo António, celebra o rei poeta e governador de Silves. Com início em Lisboa e fim em Sevilha, passando pelo Alentejo, fio condutor que liga todo o Al Andalus, o viajante depara-se com paisagens muito diversas e um rico património monumental que também pode ser apreciado um pouco por todo Algarve.
Outras rotas que atravessam o sul da Europa são a rota de Santiago e a rota Omíada que une sete países dos dois lados do Mediterrâneo.
É na extraordinária paisagem do mítico promontório de Sagres que se inicia a rota europeia dos Descobrimentos (Descubriter), a evocar cinco séculos de história. A rota revela ainda a tradição marítima das terras que foram berço dos descobridores: Sagres e Vila do Bispo e, do outro lado do rio Guadiana, a andaluza Sevilha, de onde partiram viagens marítimas para explorar o planeta.
Os Descobrimentos aumentaram as comunas judaicas de Lagos, Faro, Tavira e fizeram surgir novas em Alcoutim, Alvor, Loulé, Portimão, Silves e Castro Marim. A Rede de Judiarias mostra, através das “rotas de Sefarad”, a cultura judaica em Portugal. No Algarve destaca-se a judiaria de Faro, berço da imprensa em Portugal, com a edição em 1487 do “Pentateuco”, por Samuel Gacon.