Eis um santuário natural, em que a orla marítima é recortada por abruptas falésias, praias e dunas, e o interior é marcado por uma sucessão de colinas que se elevam até à Serra de Espinhaço de Cão.
Este Parque Natural é a maior extensão de costa portuguesa sujeita a proteção, uma área aproximada de 76 mil hectares, sendo que, cerca de 80 km, situados entre a praia de Odeceixe e a vila piscatória do Burgau, são parte integrante do litoral algarvio.
A flora marinha é muito variada, e a fauna é composta pela maior diversidade de organismos vivos da costa oeste portuguesa, estando identificadas 750 plantas e 200 espécies de aves em toda a área do Parque Natural. A vegetação varia do litoral para o interior, sendo conhecidas mais de 100 espécies endémicas na área de proteção.
No que diz respeito à flora marinha, o destaque vai para as 460 espécies de algas produzidas ao longo da costa.
A comunidade faunística é muito diversificada e constituída por lontras, raposas, javalis, texugos, gatos-bravos e o lince ibérico, mas são as aves que constituem a grande atração da Costa Vicentina.
Nos ribeiros, habitam garças, cegonhas, guarda-rios e galinhas de água, enquanto as rochas da costa abrigam corvos, gaivotas, gralhas e aves de rapina.
As falésias são um importante ponto de passagem para as aves migradoras e um ótimo local para a nidificação de espécies como a cegonha branca, a águia de Bonelli, a garça branca, o falcão peregrino e a águia pesqueira.